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segunda-feira, 30 de maio de 2011

É proibido proibir

No dia 21 de maio aconteceu em São Paulo a Marcha da Maconha - cuja dura repressão policial foi relatada por alguns dos principais veículos de mídia no país.

Este final de semana aconteceu a Marcha pela Liberdade de Expressão, em resposta à primeira proibitiva.

Enquanto a primeira reuniu cerca de 500 pessoas, a segunda mobilizou 2 mil. Desta vez, sem represálias - muito pelo contrário. Após a Justiça soltar uma liminar na véspera que proibiria o ato, a PM se posicionou a favor e a CET interditou duas faixas em prol dos manifestantes.

Para mim é tão evidente. Continuem reprimindo e contendo questionamentos para, cada vez mais, atrair mais manifestantes. Afinal, é proibido proibir. O estado democrático de direito permite questionar qualquer coisa, segundo Túlio Viana, professor da UFMG, que em palestra na última sexta-feira traçou paralelos lindos com a justiça dos EUA e da Europa.

Estive neutra na concentração da primeira marcha em busca de registros fotográficos e o que me impressionou é retratado nas duas imagens abaixo. A primeira, a ação do Choque da PM para impedir que as pessoas caminhassem da avenida Paulista até a Consolação. A segunda, um  membro da Resistência Nacionalista.

Veja ampliada no meu flickr.

Veja detalhes no meu Flickr.


E, memorando o que presenciei e registrei nestes dois retratos, a única coisa que consigo pensar e defender é:

 Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-las (Voltaire)




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É isso aí. Falem o que quiser nos comentários.

3 comentários:

Eduardo disse...

Karaca Gabi, vc retratou tão bem que me senti quase na ditadura...
Bjs,

Boas observação a sua, parabéns,

Duh

Fabiola Mininel disse...

Gostei, Gabi. E concordo. Essa frase de Voltaire não poderia resumir melhor a situação. Cada um tem a sua maneira de pensar e defende aquilo no que acredita. Independente disso, todos têm de ser respeitados.
Bjos.

Anônimo disse...

Eu acho perda de tempo, dos dois lados. Dos manifestantes, que poderiam estar fazendo algo mais útil, e da polícia, que poderia realmente estar cumprindo seu dever.

Hoje em dia o usuário de maconha não sofre punições severas, no máximo um termo circunstanciado revertido em trabalho comunitário ou pagamento de multa, na pior das hipóteses.

Estranho, estes reclamam da repressão mas fumam seus baseados 24 horas por dia no vão do Masp, na cara da polícia.

Quem está errado? Quem está certo? Essa conversa merece um cigarro...

Bjs
Edgar