Tenho três comportamentos típicos quando estou andando de ônibus pela cidade. Quando estou triste, ouço mp3 e não me importo com nada ao meu redor. Quando estou feliz, adianto a leitura atual, que carrego pra cima e pra baixo dentro da minha bolsa - quem me conhece sabe o tamanho dela. Quando estou com dificuldade de me concontrar, encosto a cabeça na janela e observo a arquitetura de cada lugar por onde passo.
Tenho feito muito isso ultimamente. Como morava em Bauru, noto uma diferença gritante entre as construções, diretamente ligada à história do lugar. O interessante é justamente isso: cada bloco de concreto carrega a história esculpida pelo tempo, moldada pela primeira construção e a cada indivíduo que por ali passou.
Vejo especial beleza em alguns casarões antigos, visivelmente deteriorados, mesmo que seja pela ação de seus ocupantes. Acho que a naturalidade do tempo supera o lamento da falta de preservação, quase como uma metáfora sobre como pouco nos importamos com o antigo devido às constantes novidades modernas.
Uma pena que o sinal abre sempre antes de eu contemplar todos os detalhes. E não me permite tirar mais fotos.
Casarão na Av. Rio Branco. Clique para aumentar.
A Revista da Folha certa vez apresenvou uma matéria sobre edifícios em ruínas. Aqui, só para assinantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário