Páginas

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Combo Cinema

Pelo convite de uma amiga prestes a viajar, resolvi fazer um passeio que nunca havia feito: assistir a dois filmes no cinema, um seguido do outro. Ela queria ver o maior número de filmes antes de ela viajar pro Acre, sua terra natal.

Em São Paulo isso é muito fácil. Eu sempre acreditei que os horários das sessões de filmes diferentes são planejados para isso. E achei a experiência intensiva muito interessante... uma overdose de cinema.

Se você quer ter essa overdose sem entrar em colapso por reações adversas, preste atenção nos sintomas da metrópole para não terminar em encrenca. Procure não escolher cinema em shoppings, que têm outro clima, são mais lotados e barulhentos. Nós escolhemos o Cine Unibanco, que tem um ambiente extremamente agradável e só de observar as pessoas no charmoso jardim e café já alivia a tensão do filme.

Pense no passeio como um todo... e não se esqueça que, para assistir a dois longas, você provavelmente não sairá da segunda sessão em menos de 4 horas de entrar na primeira. Pense em transporte público, em segurança. O metrô é uma ótima opção, a minutos da meia noite de uma quarta-feira.

Pense em comida. Particularmente, não gosto de pipoca no cinema, no máximo bebo alguma coisa dentro da sala durante o trailer. Quando estou na sala escura, eu esqueço completamente de tudo ao redor e entro no filme. Comer me traz de volta à poltrona. Se alimente antes da sessão ou separe 10 minutos entre um filme e outro.

Os filmes foram:
O primeiro filme, O Casamento de Rachel. Sempre gostei da maneira com que Anne Hathaway transforma a personagem mais bobinha em uma pessoa interessante. Dessa vez, neste papel que a indicou para o Oscar, sua atuação brilhante fica ofuscada pelo roteiro maluco. Sabe quando você assiste a um filme e fica esperando uma reviravolta? As coisas que acontecem não mudam o rumo da história? A discussão sobre o comportamento que demonstra explicitamente a disputa entre as filhas até se mostra interessante. Mas falta.

Foi Apenas um Sonho. Li no blog do Zeca Camargo a análise perfeita sobre o que acontece... Kate Winslet dá um show, e os tradutores escorregaram no título do filme, que conta todo o roteiro em três palavras. Uma pena, mas que não tira a angústia de quem assiste toda a história. É um retrato sobre o casamento que nos perturba e faz pensar em relações cotidianas... adorei esse sentimento que apagou um pouco o primeiro filme e me fez ainda estar digerindo o segundo até agora.

Nenhum comentário: