Páginas

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Não tem como não falar de trânsito

Enfrentei o trânsito da Marginal Tietê duas vezes na semana passada, em dois horários diferentes. Foi o suficiente para me enlouquecer.

Da primeira vez, voltava de Alphaville às 13h30min. Na Rodovia Castelo Branco, tudo parado. O ônibus (ainda bem) foi pela marginal pedagiada. Fiquei 40 minutos do fim da rodovia até a ponte Cruzeiro do Sul. Estava tão feliz pela aprovação do meu irmão na USP que acho que não liguei muito.

Porém, da segunda vez... foi um exercício de paciência. Às 8h30min, voltava de Bauru. E fiquei uma hora parada até a ponte do Limão - trajeto bem menor que o anterior.

Obviamente, o motivo de tanto congestionamento é o fluxo de carros. Mas o problema persiste e as pessoas aqui encaram isso como normal. Isso me irrita. Comento com as pessoas que "não aguento mais o trânsito" e é uma coisa corriqueira, cotidiana, faz parte da vida aqui. Fiquei tão incomodada que, ao invés de apenas reclamar, comecei a observar lá do segundo andar do ônibus os carros à minha volta.

Carona
A esmagadora maioria deles tinham apenas uma pessoa: o condutor. É triste. Estou acostumada a lotar carros em Bauru, já que é muito comum as pessoas pedirem caronas para ir e voltar da faculdade. Tinha me esquecido como as pessoas aqui, em São Paulo, se isolam dentro de condomínios, carros, apartamentos...

Não pode ser tão impossível encontrar pessoas que estão indo ao mesmo lugar que você, em horários parecidos, e combinar caronas. Ou utilizar o transporte público que sim, sei que está lotado e em condições precárias, mas pode ser uma maneira de cobrar do governo mais investimento nisso. No momento não consigo pensar em solução mais rápida.

Mas os paulistanos insistem em conduzir seus veículos sozinhos... Não dá pra não imaginar na quantidade de gasolina que se gasta. Para não ser ecorreta e falar do dano ambiental, tudo bem: quanto não se gasta, por mês, com a gasolina diária do trajeto ida e volta ao trabalho?

A solução do problema do trânsito nessa metrópole não é tão simplista... eu sei. Mas acredito que pequenos esforços individuais beneficiariam muito o caos que é andar pelas ruas de São Paulo. Principalmente na Marginal Tietê.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Marginal Tietê me dá arrepios (no pior sentido). É por isso que eu amo São Paulo num dia, e odeio no outro. rs...

Parabéns pelo blog, gabi!!!
bjos
Lydia.