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sábado, 24 de outubro de 2009

Sétima e [Oitava?] Arte

Começou nesta sexta-feira a 33ª Mostra Internacional de Cinema de SP. Além dos esperados Abraços Partidos, de Pedro Almodóvar, e Aconteceu em Woodstock, de Ang Lee, a grande novidade é o primeiro festival de cinema na web, com exibição de 26 filmes via streaming online para 300 pessoas em qualquer lugar do mundo.



Entretanto, não quero ser mais uma blogueira a indicar filmes, traçar resenhas, perguntar qual a sessão que você vai escolher. Quero destacar a identidade visual, que me chamou muita atenção pelo traço conhecido de dois artistas plásticos paulistanos: Os Gêmeos assinam o cartaz da mostra de sétima arte com grafite, uma [oitava?] arte urbana

Otávio e Gustavo Pandolfo são reconhecidos internacionalmente por seu trabalho em cidades como Nova York, Los Angeles e São Francisco e países como a Austrália, Alemanha, Itália, Portugal, Grécia, entre outros. Para quem não sabe, os grafiteiros têm painéis em outros pontos de São Paulo, verdadeiras obras de arte urbana que passam despercebidas pelos olhares distraídos e apressados da rotina paulistana. Destaco aqui duas que me chamam muita atenção - sempre paro quando me deparo com estes painéis:

1. Estação da Luz
Um painel que mostra o personagem com traços característicos ao comando de um trem do metrô. Na loucura do vai-e-vém de tanta gente naquela estação, no interior do prédio que traz a memória paulistana em sua arquitetura histórica, há a surpresa peculiar de traços de algo tão contemporâneo que é o grafite.

2. Mural SP II
Talvez o episódio mais marcante da história dos muros de SP que, sem dúvida, levou à sociedade a discussão sobre o valor do grafite, que quebra o cinza triste e a sujeira das metrópoles. Depois de terem sua arte de 680 m² coberta por tinta cinza pela Operação Cidade Limpa, da prefeitura de São Paulo, os Gêmeos e mais alguns grafiteiros refizeram a obra, que vocês podem ver aqui.

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Viva a arte urbana. Estou ajudando meu namorado no TCC dele, que reúne
fotografias sobre personagens urbanos. Prestar atenção a esse tema
faz parte de minha rotina e de minhas leituras cotidianas...

Um comentário:

Júlia Tavares disse...

Oi, Gabi! Refresque minha memória - você é da última geração do Rumos?
Obrigada pela visita ao Tutu. Pelo visto, nossa proposta é parecida - aproveitar o olhar "estrangeiro" para registrar nuances da paisagem e dos costumes que passam despercebidos por quem é do lugar...
Em dois anos de BH eu talvez esteja um pouco mais desatenta aos detalhes, mas não quero perder as centenas de pautas que afloram no cotidiano.
Vamos nos falando!
Um beijo!
Júlia