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sábado, 16 de abril de 2011

Quando São Paulo vira um grande palco

Já é o sétimo ano de Virada Cultural em São Paulo - e todos sabem que, por 24h, a cidade recebe diversos (muitos MESMO) espetáculos artísticos culturais gratuitos em palcos temáticos espalhados pelo centro expandido.



O evento já trouxe Maria Rita, Céu, Marcelo Camelo, Zeca Baleiro, Novos Baianos grupo de dança O Corpo e outros inúmeros nomes de peso do cenário cultural histórico e contemporâneo da cidade. Este ano, a programação está menos recheada destes nomes - destaco Rita Lee, Erasmos Carlos e Tiê, artistas de repertório bem distintos, mas que têm uma certa visibilidade maior na cena cultural e que podem atrair mais o público.

A grande desvantagem, no meu ponto de vista, dessa falta de apelos mais conhecidos, é atrair menor público potencial pra quem está no começo. Porque assim - o cara que vai ver a Rita Lee acaba chegando um pouco antes e por tabela acompanhando a apresentação anterior. E fica um pouco depois, também. E assim pode se apaixonar pelo trabalho de alguém que ele então não conhecia.

A aposta inédita deste ano é um palco de stand up comedy - será que vai funcionar num espaço aberto? Na onda da moda deste tipo de apresentação, nomes muito conhecidos, como o CQC Danilo Gentili e o humorista Fábio Porchat. Será no Viaduto do Chá, no Anhangabaú, e eu aposto que vai ser um dos mais lotados do evento.

Que a Virada é uma opção pros jovens paulistanos, sem dúvida é. Mas não me lembro de ver, nesse tipo de evento, pessoas mais velhas - o que é uma pena. Estive em Madrid durante a "virada cultural" deles - que lá se chama La Noche en Blanco. A programação é tão intensa quanto, tão diversa quanto a paulistana. E famílias inteiras passeavam de madrugada nas ruas e becos do centro, no meio das avenidas interditadas para carros, em busca de alguma coisa legal. Em um dos palcos, quando passamos, estava um grupo de bolero e vários casais de meia-idade dançavam, embalados pelas lembranças da juventude. Lindo, lindo (mas resolvemos seguir em frente e participar de um Twister gigante, Hahahaha!!!).

Já em Bruxelas, La Nuit Blanc pra mim foi um fiasco. Não conseguimos encontrar uma apresentação sequer, andei muito e os lugares eram esparsos. Fazia frio... acho que o sucesso desse tipo de evento vem muito da herança cultural de cada povo, de cada cultura e de cada época em que ela está inserida - e nisso se inclui, claro, a minha percepção da virada belga. Pode ser que eu, a polonesa e a francesa que estavam comigo não entendemos muito bem o espírito da coisa e não encontramos nossa maneira de diversão.

Voltando ao Brasil, neste final de semana o transporte público sofreu alterações. Metrô e CPTM funcionam por toda a madrugada e linhas de ônibus foram alteradas. Ainda dá tempo - estude sua logística e aproveite algum programa que te agrada, ou conheça o trabalho que você ainda não conhecia.

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Bom, limpando a barra por não conseguir postar
as três resenhas do SP Restaurant Week - formatei meu note e fiquei
sem office e a suite Adobe. A Thais que me salvou, agora to passando
vergonha na cara e filtro solar antes de sair de casa.

2 comentários:

Augusto Paim disse...

Te ligou que tu entrevistou a Alice Braga na véspera do aniversário dela?
Beijos.

stripolias disse...

Ela falou :) fofa.