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domingo, 8 de novembro de 2009

Quanto dura um filme?

Tive uma estranha experiência no último sábado, quando vi Quanto Dura o Amor?, no HSBC Belas Artes. É que o filme todo se passa ali, no cinema - o cenário é quase integralmente a Avenida Paulista x Rua da Consolação. Ao sair da sala, vi nada mais que todos os cenários do filme. Com duas amigas, caminhávamos com a estranha sensação como se, a esquina, fôssemos encontrar os personagens cujas histórias acabávamos de ter sido testemunhas.



Trailer: Divulgação 

Entre outras histórias, o filme traz o deslumbre de uma menina do interior recém-chegada à capital. Experiências intensas de conciliar a carreira profissional, motivo maior que a trouxe até aqui, com a vida particular de mulher, entre amores, desamores e corações partidos.

São Paulo é exagerada. Te faz pensar em coisas que você nunca tinha pensado antes, te faz construir e desconstruir planos, te faz repensar sobre todo o sentido de viver. Te mostra que o mundo é maior. Te faz querer ter uma vida espetacular e te faz pensar que loucura é ter aquela vidinha normal. E, por isso, te faz entrar de cabeça em experiências malucas que, a outros olhares, é loucura. Mas, para você, é normal.


foto: Divulgação


O filme teve em mim um efeito inesperado. Não refleti sobre sexualidade e as conveniências das histórias de amor, que acho que é o que o filme propõe, mas refleti sobre as mudanças que São Paulo fez em mim nestes 11 meses (quase um ano!!!) que voltei de Bauru para cá.

E ainda estou refletindo... o filme durou mais em mim. Até onde vão minhas ambições? E quais são as minhas vontades?

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Uma curiosidade sobre o filme: as falas não são decoradas.
O diretor apresentou as cenas e pediu para que os atores improvisassem.
Recomendo o filme, sobretudo se você vive em Sampa ou sabe das transformações
que essa cidade nos traz.

Um comentário:

Anônimo disse...

éeee, essa sensação de estar dentro do cenário foi muito estranha, mas ótima e engraçada!!! E você disse tudo sobre as reflexões do filme. São Paulo: "Te faz pensar que loucura é ter aquela vidinha normal".

Beijos
Lydia.